A escola compreende que as datas comemorativas, em sua maioria, são criadas tendo o apelo comercial como objetivo maior. Assim temos a páscoa, o dia das mães, o dia dos pais, o natal, etc. Alguma destas, e outras, a escola absorve e trabalha o significado ético, histórico ou religioso que deve prevalecer como referência das mesmas.
Trabalhar ou não as datas comemorativas é sempre um alvo de polêmica na construção do currículo escolar. O posicionamento mais consensual é que, se for decisão da escola trabalhar determinada data que ela seja contextualizada para que venha a ser significativa para o aluno e não uma mera obrigação.
Acredito que, de todas, o DIA DOS PAIS é a mais polêmica. Principalmente nas escolas localizadas em comunidades bastante carentes, onde o índice de mães solteiras é muito grande. Daí a dificuldade em decidir se deve ou não comemorar o dia dos pais.
Na verdade, ignorar algumas datas comemorativas é quase impossível, pois a criança traz do seu meio social, para dentro da escola, informações a respeito, principalmente oriundas das mídias televisivas. A escola se encarrega de esclarecer e dar um novo contexto a essas informações.
Trabalhar o DIA DAS MÃES, não é tão difícil assim, pois as mulheres, na maioria, ainda são mais presentes na educação dos filhos, excepcionalmente nessas comunidades referidas acima.
Já o DIA DOS PAIS, vem carregado de todo uma meticulosidade para lidar com o tema, de modo a não constranger nenhuma criança que não tenha um pai presente na sua vida e, também, não deixar de homenagear os pais que são presentes e que, assim como as mães, merecem a sua comemoração.
As educadoras costumam encontrar uma saída propondo que seja homenageada no dia dos pais, “qualquer pessoa que assuma o papel de pai”. Algumas chegam mesmo a sugerir que “a própria mãe ou até mesmo a avó, na ausência de uma figura masculina responsável, pode representar a mesma”.
Pensando no objetivo de não constranger a criança, é compreensível essa proposta. Todavia, é importante também prever que algumas crianças, podem ser capazes de desenvolver a compreensão, do seu jeito, de que a comemoração é realmente destinada ao pai e não à avó ou à mãe e que ela não está encaixada nessa categoria. Assim, o efeito poderia tornar-se extremamente negativo.
O ideal é que a escola procure, antes de tudo, conhecer bem a realidade dos seus alunos. Isso facilitará no planejamento das ações. Enviar, por exemplo, uma entrevista para os pais e anexar a ela o convite e a confirmação da presença do pai, criando um espaço com o item: “No caso da impossibilidade da sua presença quem o representará?”, possibilita a construção de um mapa sobre quem estará recebendo a homenagem da criança. Dessa forma, planeja-se as estratégias que venham a atender todas as necessidades e expectativas
Referência p/ imagem: http://jeffersonlino.blogspot.com/2010/08/historia-do-dia-dos-pais.html
Referência p/ imagem: http://jeffersonlino.blogspot.com/2010/08/historia-do-dia-dos-pais.html
Essa leitura pode ser complementada com o texto O PAI PRESENTE OU AUSENTE FAZ ALGUMA DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS? No Blog http://mulhermaeprofessora.blogspot.com/
ResponderExcluirGostei muito deste texto! sempre vivemos esta polêmica em nossa escola. As datas comemorativas não são o foco do projeto pedagógico, mas como foi dito algumas datas não podem deixar de serem citas ou trabalhadas com as crianças na escola, como forma de discutir, ver a opinião delas e repensar nossa prática! Parabéns pelo blog!
ResponderExcluirRejane (CEMEI Irmã Dulce - Campinas-SP)
Parabéns pelo trabalho desenvolvido na Instituição! vc. é muito competente! As fotos ficaram lindas! Concordo com vc. sobre a relexão em relação as datas comemorativas. Um bj. Boa Sorte!
ResponderExcluirBota complicado.Acredito que hoje seja muito difícil encontrar a família tradicional(pai e mãe)...Quando precisamos chamar um pai na escola,quem é que aparece? O irmão mais velho,a mãe,a tia,etc.E quando o menino é órfão? Precisamos repensar,a escola está nessa sinuca entre a o que é tradicional e a realidade atual da formatação da família brasileira.
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