segunda-feira, 11 de julho de 2011

COMO ESTÁ SENDO ACOLHIDO O AUXILIAR DE SALA DE AULA NO CMEI?

Auxiliar de sala de aula.
Acredito que conheça bem essa função quem, de uma forma ou de outra, relaciona-se com a educação infantil.
Se pensarmos que, ser educador, principalmente o infantil, é uma função pouco valorizada, avaliemos o valor de um auxiliar deste.
A Secretaria Municipal de Educação para sanar o problema da demanda e da falta de recurso para contratar novos educadores achou por caminho criar este cargo de Auxiliar de sala de aula *1, para contratar, sem vínculo, pessoas para atuar nos centros de educação infantil.
É interessante observar que, esse profissional com o curso médio de magistério poderia bem, se houvesse sido aprovado em concurso, está na função de titular em sala de aula. Já que são apenas esses os critérios para tal.
Apesar de que, sabemos, embora os governos *2, por uma visão apenas financeira, teimem em ignorar, que apenas o curso médio do magistério é insuficiente para atuar com a complexidade de educar crianças pequenas, cujo trabalho constitui-se a base psicológica e de conhecimentos para o resto da vida.
Mas ter o ensino médio e ser aprovado em concurso são realmente os únicos critérios para atuar como Educador Infantil.
Todavia, na impossibilidade de sê-lo, por falta de concurso, a função de Auxiliar de sala lhe impõe uma condição inferior em sala de aula.
É interessante observarmos que há poucos meses atrás não havia esse profissional e duas educadoras concursadas dividiam juntas a sala de aula. Nisso, percebia-se uma tentativa reciproca de adaptação à metodologia e a personalidade da outra.
Quando a Auxiliar de sala entra em cena, para substituir uma das educadoras, o relacionamento, imediatamente muda de enfoque, já não há mais o esforço imediato da adaptação mútua, mas, apenas a Auxiliar, deverá manter o esforço de adaptar-se à metodologia e a personalidade da titular da sala.
O nosso CMEI reavalia a função e o desempenho desse profissional em sala de aula e essa postura discriminatória
Acreditamos que um dos maiores motivos para esse educador haver assumido o cargo de Auxiliar de sala de aula deve ser o de adquirir experiências, já que o salário, além de mínimo, atrasa por mais de dois meses seguidos e a jornada de trabalho é intensa.
Pensamos então:
 - O que motivaria esse profissional a levantar todos os dias, caminhar a pé para a escola, já que também não tem direito a vale-transporte, e assumir o seu trabalho junto às crianças e demais funcionários da escola?
Concluímos que ele deve ser bem acolhido, estimulado a aprender e a participar ativamente do magistério na sala de aula.
A única diferença entre o Auxiliar de sala e o Educador Infantil titular é que este tem um salário melhor, uma jornada de trabalho menor e, portanto, mais dever e responsabilidade à assumir.
Ao Auxiliar de sala a nossa expectativa é de que sejam humildes para aprender com os educadores que detêm mais experiências sem sentirem-se inferiores a eles.
Afinal, somos todos iguais.
Somos, ou não, todos irmãos?
Cada um deve colaborar no que puder para o crescimento do outro e saber ser grato aos que contribuem para o seu.

*1 O cargo de Auxiliar de sala de aula para os Centros Municipais de Educação Infantil foi criado no governo Prefeita Micarla de Souza ( 2011).
*2 O cargo de Educador Infantil foi criado no governo do Prefeito Carlos Eduardo (Lei no 5.794, de 10 de julho de 2007).
                                                                                

sábado, 2 de julho de 2011

ZÉ BARROS - A MINHA IMPRESSÃO SOBRE ESSE ARTISTA


Eu confesso que fiquei impressionada com a qualidade da música desse artista. Lamento que bandas de forró façam tanto sucesso por aí, com letras que não dizem nada, enquanto poetas como Zé Barros não tenham o reconhecimento merecido.
Acredito que por falta de esclarecimentos para divulgar melhor o seu trabalho.
Uma pessoa humilde, que canta com a alma. É assim que defino Zé Barros, músico e poeta, que divulga a cultura nordestina em suas canções.
Um autentico forró pé de serra, que em muito lembra as canções gravadas pelo nosso saudoso Luis Gonzaga. Um forró que fala de amor e das coisas bonitas do sertão.
Através das letras das suas músicas foi possível levar para o vocabulário das crianças termos como paiol, paneira, pilão, vaqueiro... trabalhados de forma significativa para efetivar a compreensão.
Para muitas crianças, de dois anos e três anos, esse foi a primeira festa junina da qual participaram e certamente deixará marcas emocionais muito fortes e especiais em suas vidas.
Muita gente da comunidade compareceu ao nosso CMEI para ver o artista de perto. Fiquei impressionada com o carinho e o reconhecimento do povo pelo artista, que retribuía perguntando pela família de todos, como velhos conhecidos.
Concluo que foi uma excelente ideia a de homenagear esse artista da nossa comunidade e que bem poderia ser, se alcançasse divulgação, uma grande estrela nacional da nossa cultura nordestina do forró.