domingo, 11 de março de 2012

Valorização da Educação Infantil

Texto extraído de:


Ao ler um dos textos do Professor José Pacheco, resolvi fazer uma reflexão acerca da atuação dos professores da educação Infantil, entretanto é importante chamar atenção para a forma como estes e outros profissionais da Educação atuam e o valor que eles tem perante a comunidade envolvida no âmbito educacional. Geralmente, os educadores que não atuam em sala de aula possuem um status profissional maior que os demais, devido aos chamados cargos superiores como coordenação, direção e supervisão, mesmo que o cargo, entendido como inferior, contenha um profissional mais gabaritado, o simples fato de ser professor de sala de aula faz com que ele pareça menos importante e isso é refletido, inclusive nas questões salariais. Partindo pela hierarquia institucional encontram-se professores que são privilegiados com maiores salários, com vale alimentação, melhores escolas em melhor localização e até melhores classes, devido ao seu tempo de trabalho na Instituição. Enquanto o professor mais recruta recebe tudo ao contrário, salário menor sem vales qualquer coisa, não tem escola sede e muitas vezes não tem nem classe para ensinar, ficando a mercê do cargo de substituto efetivo, independente de títulos e mesmo que ambos lecionem a mesma disciplina. Esta situação é muito comum em escolas públicas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Outras Instituições oferecem maior valorização aos títulos, o que é muito justo, devido ao investimento de tempo e recursos para uma formação, geralmente, acessível a poucos educadores. Por exemplo, o professor que possui Doutorado tem uma remuneração maior do que aquele que é Mestre e este tem a sua superior a do professor com especialização lato-senso, mesmo que ambos sejam docentes das mesmas turmas ou lecionem a mesma disciplina. E esta situação é comum em Instituições privadas. De acordo com estas observações, é possível perceber que o menos importante é a atuação docente, contudo seria injusto dizer que não há exceções, além das avaliações institucionais onde o aluno não escreve o que pensa, apenas marca um X no BOM, REGULAR ou RUIM para descrever a atuação profissional do educador avaliado. “Dar aulas” não é menos importante do que o trabalho que alguns professores realizam fora da sala de aula em cargos diferenciados. Mas o melhor professor não deve virar coordenador ou diretor, ele deve ser valorizado por aquilo que ele faz de melhor que é ensinar, não faz sentido o melhor professor ter que deixar as aulas para ser reconhecido e valorizado como tal. Sendo assim, com esta idéia levada a uma reflexão sobre a docência na Educação Infantil, entendemos que o professor que atua neste seguimento encontra-se no mais baixo nível da escala, pois não há atuação em sala de aula mais intensa que a destes profissionais, muitas vezes com uma formação limitada ao antigo Magistério, sendo que é possível encontrar pessoas, geralmente mulheres, sem formação específica alguma, bastando ser alfabetizada para trabalhar nas creches ou escola maternal. O que pode ser considerado como um absurdo para alguns é o suficiente para outros, pois são apenas bebês e crianças pequenas a serem cuidados. Há quem acredite (gestores, pais e até professores) que atuar na Educação Infantil requer apenas gostar de criança, para algumas pequenas escolas, ainda que sejam poucas, o requisito mínimo é ser mãe para: brincar, trocar fralda, dar banho, educar, tomar conta enquanto os pais estão trabalhando, ou seja, CUIDAR. Então, partindo deste pressuposto pode-se afirmar que o TIO ou TIA da “escolinha” faz muito mais do que qualquer professor da Educação Básica ou Superior, além de ensinar as primeiras lições este profissional deve representar a figura parental em vários aspectos. Se for assim não pode ser qualquer pessoa que, goste de criança, a atuar na Educação Infantil, além da graduação em pedagogia se faz necessária uma vasta educação contínua, pois quanto menor é a criança maior deve ser o planejamento e quando falamos de criança não se pode deixar de falar do brincar, que para muitos não é coisa séria, mas para o desenvolvimento integral da criança é fundamental, por isso quanto menos papel tiver na educação infantil, melhor. E para planejar o brincar, além de saber brincar é necessário conhecer de Psicomotricidade. Por isso o docente da Educação Infantil deveria ser respeitado como os demais educadores pela comunidade escolar e deveria ser mais valorizado financeiramente pelas Instituições de Ensino sejam elas públicas ou particulares. Além disso, a criança é um ser humano como qualquer outro, ela não é um saco de xixi, coco, choro e gracinhas, como pensam alguns, a criança pensa, entende e aprende desde a concepção por isso merece o mesmo respeito e consideração que um colegial rebelde ou universitário polêmico. Enfim, se a Educação Infantil é considerada a BASE de toda esta estrutura chamada EDUCAÇÃO, então porque, supostamente ou teoricamente, os menos capacitados é que educam as nossas crianças? Porque os “tios” e “tias” da “escolinha” não tem o mesmo respeito da sociedade que um professor universitário, ou médico, ou advogado? Fica esta questão para nós refletirmos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A LUTA POR UMA VAGA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

            Hoje, 24 de janeiro, foi o primeiro dia previsto para matrículas na rede municipal de ensino de Natal RN e, como sempre acontece, acabou sendo o último. Trinta vagas foram oferecidas no Centro Infantil Saturnina Alves, localizado na zona oeste. As pessoas começaram a formar a fila desde á tarde de ontem, dispostas à enfrentar a noite chuvosa para garantir ao amanhecer a vaga para matricular seus filhos. Cadeiras, lençóis e até colchões, compunham um quadro cruel que se repete em quase todas as unidades publicas de ensino por todos os anos.
Ás sete horas da manhã, horário previsto para o inicio das matriculas as fichas foram distribuídas, excluindo todo um restante que acreditando na sorte teimaram em arriscar a uma vaga e no final contabilizaram uma noite de sono perdida e a incerteza de como será o ano de 2012 sem ter onde deixar o filho para poder trabalhar.
Sem condições alguma para atender aos excedentes nós registramos os dados de seus filhos em uma lista de espera onde a “esperança” de ser atendido é praticamente impossível. Neste instante, ouvir as necessidades daquelas pessoas gera um sentimento de impotência, tristeza e revolta com toda essa sociedade que não consegue sequer garantir um lugar para acolher e educar as suas crianças.
Parece que não tem muita valia o destaque recebido pela educação infantil na nova LDB, inexistente nas legislações anteriores. Na Seção II, do capítulo II (Da Educação Básica), ela é tratada nos seguintes termos: Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem com finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Mesmo desconhecendo a lei, de uma forma ou de outra, aqueles pais parecem reconhecer mais a importância dessa etapa da educação do que os esclarecidos representantes que eles elegeram. Embora isso não represente muita vantagem visto que retornam para casa sem vislumbrar nenhuma arma de luta contra o descaso com as suas necessidades.
Aqui não está apenas um problema do presente, mas, principalmente do futuro. Quem conhece o local e a realidade em que vivem muitas dessas crianças arrisca prever: Á margem da educação elas inevitavelmente acabarão reproduzindo os comportamentos e ideologias dos exemplos que estão ao seu alcance, daqueles que constroem a sua identidade impondo-se através da violência ou, no caso da maioria das meninas, buscando a aceitação dos outros no oferecendo o seu corpo.
Diante de tudo isso, mesmo sabendo que esclarecer as pessoas a respeito desta realidade já é uma tomada de atitude, é impossível não experimentar o sentimento de impotência e, arriscando os ares de ingenuidade bradar aos nossos políticos: - E agora, quem poderá nos defender????

domingo, 18 de dezembro de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DA ARTE - RETIRADAS DO LIVRO: Vivencias na Escola de Dora Incontri (2005).

Educação Estética
    Educar esteticamente é ao mesmo tempo desenvolver o senso estético, a capacidade de criar e inserir o individuo nas culturas de todos os povos e de todos os tempos. Para isso, permitir o acesso a obras musicais, plásticas, poéticas, teatrais, de qualidade estética e de conteúdos preferencialmente edificante – é o que é mais necessário.
A Arte, sempre a Arte...
Assim como o amor deve permear cada gesto, no processo da Educação, a arte também deve predispor o espírito à reflexão, harmonizar as emoções, para que a aprendizagem frutifique.
Canções cantadas pelas próprias crianças; uma música suave de fundo em qualquer atividade, que exija silêncio e concentração; filmes artísticos para impregnar os olhos de beleza e a alma de paz; desenhos produzidos a partir de uma história, de um debate ou de um tema; poesias para induzir a uma discussão ou para soltar a imaginação... – esses são recursos indispensáveis numa Educação que procure atingir o indivíduo como um todo.
Iluminando o coração com a chama da arte – além da afetividade – o raciocínio se embebe na emoção e a criança se desenvolve globalmente, sem os perigos da unilateralidade.
Dicas para a Educação Artística
Material sugerido, que deve ficar ao alcance da criança, numa sala destinada às artes e aos trabalhos manuais:
Papéis de diferentes cores, texturas e tamanhos; palhetas tradicionais e pedaços de madeira de vários tamanhos; lápis de cor, canetas hidrográficas, tinta a dedo, guache, tinta acrilex, pastel oleoso, giz de cera, aquarela; pincéis, cotonetes, espátulas, brochas; colas; tesouras; revistas velhas; telas de talagarça. [materiais recicláveis].
Atitudes aconselhadas
·         Incentivar a mistura de cores e a busca de diferentes tonalidades;
·         Respeitar o trabalho da criança, jamais pegando em sua mão ou dizendo categoricamente como deve desenhar ou pintar;
·         Dar estímulos visuais (quadros, livros, vídeos), auditivos e narrativos (músicas, histórias, poesias), antes de começar um trabalho;
·         Procurar estabelecer um clima de tranquilidade e sossego;
·         Respeitar o ritmo de cada criança, deixando que as que terminarem mais depressa façam outros trabalhos do mesmo gênero ou diferentes e permitindo às outras seguirem seu ritmo mais lento e mais detalhista;
·         Aplicar e ensinar variadas técnicas de pintura, desenho, estamparia, argila, modelagem, colagem, serragem com palitos de fósforos...
·         O professor deve também fazer seus próprios trabalhos (antes, durante ou depois das atividades dos alunos) para desenvolver seu próprio senso artístico, para conhecer melhor as técnicas, para compartilhar com as crianças suas próprias produções;
·         Evitar os trabalhos padrões (como os de dias das mães ou Páscoa), onde todos fazem a mesma coisa e o produto final fica semelhante ou idêntico;
Tintas e formas
            Depois da música, a pintura, que é uma expressão tão natural para a criança! Mas nunca aquela pintura com meros lápis de cor, de formas paupérrimas desenhadas e mimeografadas e passadas para todas as crianças! Isso é anti-arte. È impedir o desenvolvimento da criatividade, impor modelos fraquíssimos, sem qualquer conteúdo estético e padronizar atividades artísticas. Ora a padronização é o que mais se opõe à arte, que acima de tudo é expressão original e livre.

REFERENCIA
INCONTRI, Dora, Vivência na Escola, Bragança Paulista, SP. Editora Comenius, 2005.



sábado, 15 de outubro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A CRECHE DEVE TRABALHAR O DIA DA INDEPENDÊNCIA COM AS SUAS CRIANÇAS?

“7 de setembro, dia da independência do Brasil”.

O que pode significar a comemoração dessa data para uma criança de dois ou três anos?

Para muitos talvez pareça muito complexo o entendimento do significado de pátria, de independência, de civismo para uma criança com tal idade.

Nesta reflexão, antes de perguntar o que pode significar para criança, acho que a pergunta que deveria ser feita era: O que a comemoração da independência do país significa para aqueles que estão educando as crianças?

Não se trata apenas de didática e de fundamentação teórica a respeito de como a criança aprende ou do que pode ou não ser significativo para crianças nessa faixa etária, trata-se primeiramente de compreendermos que só educamos com base no que acreditamos, com base nos valores que construímos para nós mesmos.

Assim, um educador que  não construiu para si, por exemplo, a valorização do meio ambiente, de reciclar o lixo, de cuidar das plantas ou de manifestar o amor e o respeito pelo seu país, não conseguirá trabalhar esses valores de forma significativa com os seus alunos.

Podemos pensar que se trata apenas de uma data comemorativa e que o fato de ignorá-la não representa falta de patriotismo. Todavia, é preciso lembrar que o ser humano, diferentemente dos outros animais atribui grande importância ao simbolismo das coisas. Um simples  objeto pode adquirir uma importância enorme, que vai muito além da sua funcionalidade, em virtude da história que foi construída em torno dele e uma data pode, dessa forma, ser carregada de significados que compõe o modo de se de uma pessoa, de um grupo de pessoas ou de uma nação.

Hoje com o avanço nas pesquisas em torno de como a criança pensa e constrói o seu conhecimento, somos capazes de prever que toda as experiências que se tornam significativas na vida de uma criança, mesmo na mais tenra idade, formarão elementos relevantes na sua formação psíquica e social.

Desta forma, promover experiências relevantes em torno de valores como o patriotismo, o respeito aos mais velhos, aos animais, a natureza, entre outros, deixam marcas na vida da criança. Embora essas marcas, muitas vezes, não sejam de imediato vislumbradas, elas, certamente, representam fundamentos, bases, para compreensões futuras.

Assim, neste dia em que se comemora a independência do nosso país, ao vermos uma criança desfilando com chapéu de soldado feito de jornal; com o rosto pintado com as cores da bandeira brasileira; com uma bandeirinha na mão feita por ela ou qualquer outra manifestação promovida pela escola para referendar a data junto aos seus alunos, podemos ter a convicção de que fizemos a nossa parte para que no futuro essa criança possa compreender que nesta data, 7 de setembro, o seu país comemora uma conquista que precisa ser lembrada sempre para que se valorize a independência adquirida à custas de muita luta e sangue de pessoas que por amor a sua gente lutou por isso.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"REPASSE DA REUNIÃO COM OS GESTORES DE CMEIS NA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – 24/08/2011."

  Este post é um recorte das falas do Secretario Municipal de Educação de Natal, RN, retirado do texto (com o título acima) postado no WebPortal do FOGEM

SECRETARIO – Prof. Walter Fonseca 
– Justificou o atraso – Estava em uma cerimonia com a prefeita.
– Iniciou a sua fala:

  “Sou um professor por opção e paixão”

 “O nosso trabalho não se justifica com o salário ou reconhecimento, mas com a certeza da construção do futuro.”

 “Faltam políticas públicas para reconhecer o valor.”

 “Quem educa tem que ser educador”

 “Quem dirige tem que estar preparado para ser dirigido, para respeitar uma hierarquia.”

  “Quando cheguei, encontrei a casa dividida, hoje tem mais harmonia na SME.”

Com relação ao feriado do dia do estudante – “Fui surpreendido com o questionamento a respeito de dois dias sem aulas”. “Meu erro: Obrigação de conhecer o calendário ...”. – Concepção de que a criança não tem entendimento da homenagem – A culpa não foi dos educadores infantis, estava no calendário – Devemos unir a visão pedagógica com a assistencial (as necessidades básicas das crianças) – “Fui impulsionado por uma reação à ação: - Não vamos abrir mão do feriado.” – “Entendo as dificuldades dos gestores.” – “Para não parecer um ditador, solicitei uma circular...” – “No final da circular consta que haverá punição e isso eu vou cumprir.”

Sobre a profª Eliana Torres: “ Um dia a história reconhecerá o empenho desta mulher pela educação no município de Natal.” – “Pelo amor de Deus, devemos trabalhar as nossas emoções.” – “ Um educador tem que trabalhar sentimentos e reações.”

  “Admiro e respeito os gestores que muitas vezes deixam a família em segundo plano para se dedicarem aos CMEIS.”

 “Quero o relatório daqueles dois dias, com base neles serão tomadas as decisões.”

 “Jamais perseguição pequena.”

 “Jamais busca autoritária.”

 “Atender os problemas de ordem financeira nos CMEIS precede a necessidade de eleição dos gestores....Se alguém me convencer do contrário...”

 “Uma eleição não faz muita diferença na qualidade do gestor.”

  “Quando eu cheguei, poderia ter tomado à posição de substituir todos os gestores da gestão anterior. Não sei se acertei em não fazê-lo.”

  Com relação a eleição: “Temos que pensar junto com a prefeita. Estamos em um momento de tensão, de queda de braços. As vezes uma tomada de decisão na hora errada tem consequências piores.”

  Sobre a NORMATIZAÇÃO: Gestora: - A Secretaria da educação está preparada para cumprir a resolução que determina 12 crianças por sala? – Qual é o tempo destinado para o planejamento do professor? – Como podemos adotar o tema da JENAT de professor pesquisador?  Secretario: - “NÃO CONSIDEREM A RESOLUÇÃO.” – “O servidor publico pensa muito nos direitos e pensa menos nos deveres.”

 “Vamos agendar um outro momento desse.”  (desculpou-se por ter que se ausentar.)

sábado, 6 de agosto de 2011

TRABALHAR O DIA DOS PAIS NAS ESCOLAS – UMA DECISÃO POLÊMICA

                                                                                  
A escola compreende que as datas comemorativas, em sua maioria, são criadas tendo o apelo comercial como objetivo maior. Assim temos a páscoa, o dia das mães, o dia dos pais, o natal, etc. Alguma destas, e outras, a escola absorve e trabalha o significado ético, histórico ou religioso que deve prevalecer como referência das mesmas.

Trabalhar ou não as datas comemorativas é sempre um alvo de polêmica na construção do currículo escolar.  O posicionamento mais consensual é que, se for decisão da escola trabalhar determinada data que  ela seja contextualizada para que venha a ser significativa para o aluno e não uma mera obrigação.

Acredito que, de todas, o DIA DOS PAIS é a mais polêmica. Principalmente nas escolas localizadas em comunidades bastante carentes, onde o índice de mães solteiras é muito grande. Daí a dificuldade em decidir se deve ou não comemorar o dia dos pais.

Na verdade, ignorar algumas datas comemorativas é quase impossível, pois a criança traz do seu meio social, para dentro da escola, informações a respeito, principalmente oriundas das mídias televisivas. A escola se encarrega de esclarecer e dar um novo contexto a essas informações.

Trabalhar o DIA DAS MÃES, não é tão difícil assim, pois as mulheres, na maioria, ainda são mais presentes na educação dos filhos, excepcionalmente nessas comunidades referidas acima.

Já o DIA DOS PAIS, vem carregado de todo uma meticulosidade para lidar com o tema, de modo a não constranger nenhuma criança que não tenha um pai presente na sua vida e, também, não deixar de homenagear os pais que são presentes e que, assim como as mães, merecem a sua comemoração.

As educadoras costumam encontrar uma saída propondo que seja homenageada no dia dos pais, “qualquer pessoa que assuma o papel de pai”. Algumas chegam mesmo a sugerir que “a própria mãe ou até mesmo a avó, na ausência de uma figura masculina responsável, pode representar a mesma”.

Pensando no objetivo de não constranger a criança, é compreensível essa proposta. Todavia, é importante também prever que algumas crianças, podem ser capazes de desenvolver a compreensão, do seu jeito, de que a comemoração é realmente destinada ao pai e não à avó ou à mãe e que ela não está encaixada nessa categoria. Assim, o efeito poderia tornar-se extremamente negativo.

O ideal é que a escola procure, antes de tudo, conhecer bem a realidade dos seus alunos. Isso facilitará no planejamento das ações. Enviar, por exemplo, uma entrevista para os pais e anexar a ela o convite e a confirmação da presença do pai, criando um espaço com o item: “No caso da impossibilidade da sua presença quem o representará?”, possibilita a construção de um mapa sobre quem estará recebendo a homenagem da criança. Dessa forma, planeja-se as estratégias que venham a atender todas as necessidades e expectativas

  Referência p/ imagem:                                                                                                                                                http://jeffersonlino.blogspot.com/2010/08/historia-do-dia-dos-pais.html